4º DIA – Hoje, traze-me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na Minha amarga paixão. O seu futuro zelo consolou o Meu coração. Mergulha-os no mar da minha misericórdia (D. 1216).
Meditação: A Igreja é missionária – Jesus continua a realizar a grande obra de Misericórdia, da nossa salvação por todos os séculos. Eis que do Coração de Cristo, aberto na Cruz, nasce a Igreja, continuadora da redenção dos homens. Junto ao Sangue e Água nascem os sacramentos da Igreja, instrumentos da nossa salvação. Exerce-se a obra da nossa redenção sempre que o Sacrifício da Cruz, pelo qual Cristo nossa Páscoa foi imolado se celebra sobre o altar (LG 3)
Antes de subir ao Céu, Jesus fundou sua Igreja como sacramento da salvação. Como Ele mesmo fora enviado pelo Pai, Ele enviou também os Apóstolos a todo o mundo, dizendo-lhes: “Ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei” (Mt 28,19).
Cristo, movido pelo amor eterno, deseja ardentemente as almas. Foi neste sentido que disse na cruz: “Tenho sede”. Como são comoventes as mensagens que Ele nos transmitiu através da Santa Faustina:
“Como desejo a salvação das almas! As minhas entranhas estão repletas de misericórdia, que está encerrada sobre tudo o que criei. O Meu prazer é agir na alma humana, enchê-la da Minha misericórdia e justificá-la. O Meu reino está sobre a Terra – a Minha vida, na alma humana. Escreve que desejo derramar a Minha vida divina nas almas dos homens e santificá-las”. (Diário nº 1784)
“A perda de cada alma mergulha-Me em tristeza mortal”. (Diário nº 1397)
“Minha filha, ajuda-Me a salvar as almas”. (Diário nº 1784)
Há dois bilhões de pessoas – este número aumenta dia a dia – que ainda não ou muito pouco ouviram a mensagem evangélica” (AG 885). Nesta imensa obra missionária todos nós participamos quando, animados pela caridade que caracteriza a Santa Faustina e tantos Santos, rezamos pelos homens que ainda não conhecem a Cristo e quando promovemos a unidade entre nós, formando a Igreja.
Todos nós participamos do sacerdócio Cristo que faz de nós “um reino de sacerdotes”. Isto quando intercedemos pelos outros, quando à semelhança de Cristo somos mediadores entre Deus e os homens. Jesus nos ensinou por meio de Santa Faustina uma oração que por seu conteúdo podemos chamar de oração sacerdotal, o “Terço da Misericórdia”.
Nele, como o faz o padre no altar, oferecemos ao Pai, “o Corpo e o Sangue, Alma e Divindade” de seu filho, “em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro”. Podemos nessa oração unir-nos a todas as Missas que neste momento são oferecidas no mundo interior. Em cada momento, em algum ponto da Terra celebra-se uma Missa, na qual o padre apresenta ao Pai, junto com o Sacrifício de Cristo, as dores e trabalhos, alegrias e tristezas, relacionamentos humanos, enfim tudo o que é do homem. E isso é a consagração do mundo, especialmente daqueles do mundo que ainda não conhecem a Cristo ou faze pouco caso dele. Esta é a nossa obra missionária.
Oração do Dia – “Misericordiosíssimo Jesus, Tu que és a luz do mundo todo, aceita na morada do Teu compassivo coração, as almas dos pagãos que ainda não Te conhecem. Que os raios da Tua graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem as maravilhas da Tua misericórdia; e não os deixes sair da morada do Teu compassivo coração..
Que a luz do Teu amor ilumine as trevas das almas! Faze que essas almas Te conheçam e glorifiquem a Tua misericórdia, juntamente conosco!
Eterno Pai, olhai com o olhar da Vossa misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem, mas que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Atraí-as à Luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos; fazei com que também elas glorifiquem a prodigalidade da Vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém”.
Rezar o Terço da Misericórdia