“A adoração dos Reis Magos foi uma homenagem de fé e um tributo de amor ao Verbo Encarnado. Tal deve ser a nossa adoração Eucarística”. (S. Pedro Julião Eymard)
Em Belém os Magos, que a tradição chamou de Baltazar, Gaspar e Melquior, encontraram o Menino e seus pais; e não se decepcionaram com a pobreza e simplicidade, de um Rei, nascido numa manjedoura.
E adoraram o Menino e lhe ofereceram ouro (para o Rei), incenso (para Deus) e a Mirra (para o Cordeiro a ser um dia imolado).
Os magos são nossos modelos. Com os primeiros adoradores aprendamos a adorar Jesus Eucarístico, o mesmo Menino de Belém, oferecendo-lhe também os nossos presentes:
Ouro – dado ao Rei: significa a sabedoria celeste. São Bernardo escreve: “Tereis encontrado esta sabedoria se antes tiverdes chorado os pecados cometidos, desprezado os gozos do mundo e desejado, de todo coração, a vida eterna. Tereis encontrado a sabedoria se cada uma destas tiverem o gosto que tem: as coisas amargas e as coisas de que se deve evitar; estas devem ser desprezadas como caducas e transitórias; aquelas devem ser cobiçadas com todo desejo como bens perfeitos; discerni o gosto no íntimo da alma”.
Incenso – oferecido a Deus: significa a oração devota. Daí o salmista: “Suba direto a ti a minha oração, como o incenso” (Sl. 140, 2). A oração fiel, humilde e fervorosa sobe ao céu e não regressa vazia.
Mirra – significa: a mortificação da carne. “As minhas mãos destilaram mirra, e os meus dedos estavam cheios da mirra mais preciosa” (Ct 5, 5). Diz o grande São Gregório Magno: “As mãos significam as obras virtuosas, os dedos, a discrição. Portanto, as mãos destilam a mirra quando, pelas obras virtuosas, castiga-se a carne; mas os dedos são ditos cheios da mais preciosa mirra, pois é muito preciosa a mortificação que se faz com discrição.”
Assim como a Estrela guiou os Reis Magos até Jesus, a fé deve nos levar até Ele, em todos os momentos da vida, para que esta tenha sentido.
“O homem que não conhece Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido; um mistério inexplicável, um enigma insondável”. Este vive sem rumo, sem meta, sem sentido, sem saber o que a vida vale, sem saber o sentido da dor, da prece, da morte e da vida eterna. (S.João Paulo II – Encíclica “Redemptor Hominis”)
Que a Estrela da fé guie cada um de nós. Hoje busquemos Jesus não na Gruta Sagrada, na pobre manjedoura, mas no altar, no Ostensório, onde nos aguarda o Príncipe da Paz, a Luz do Mundo, o Caminho, a Verdade e a Vida.
Participe deste momento de Adoração, Oração e meditação (escritos de S. Pedro Julião Eymard – apóstolo da Eucaristia, encerrando com a Benção Solene.
6ª feira – 09 de Janeiro
das 20 às 21 h
Capela da Adoração Perpétua