TEMA: CONVERSÃO PASTORAL
Na entrega oficial da Agenda 2.014, do Santuário São Judas Tadeu, o reitor – Padre Flávio Jorge Miguel Junior, conduziu mais de 500 líderes, agentes das pastorais e movimentos, na reflexão sobre a Conversão Pastoral. Para nortear os trabalhos deste ano, fixemos os olhos no que o Espírito Santo diz à Igreja.
INTRODUÇÃO – Após a espiritualidade, iniciou a meditação dos principais pontos deste processo, que está permanente ligado à conversão pessoal, lembrando que não existe “diploma de conversão”. Esta ação é contínua, para todos os membros da Igreja, quer sejam ordenados ou leigos. Conversão é a constante luta contra o mal.
Parafraseando Madre Tereza de Calcutá: “O mundo precisa de duas mudanças: você e eu…”, colocou os principais pontos da Conversão Pastoral, pois isto afeta o modo de pensar e sentir e se desdobra na vida da comunidade: firme decisão, tanto em nível pessoal como comunitário, de estar sempre em estado de alerta contra o pecado.
(I Jo 1,8-9) – “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade”.
O próprio Papa Francisco se define como um pecador, escolhido por Jesus. No seu lema pontifício, em latim, “Miserando atque eligendo” (Olhou-o com misericórdia e o escolheu) a grande profundidade: consciência do nosso nada.
PERGUNTA – Quais são os nossos pecados? Quais são as nossas tentações e vícios pastorais?
“Sou um pecador loucamente apaixonado por Jesus” dizia S. Josemaria Escrivá. Essa consciência, porém, não nos leva à acomodação; pelo contrário, é o caminho para a superação das tentações e vícios, pessoais e pastorais; a luta contra o pecado.
É necessária esta mudança de mentalidade para evitar equívocos na pastoral e assim acolher os que chegam, mostrando que todas são amadas por Deus. Essa é a grande revelação do Espírito Santo para a Igreja e deve ser assimilada por todos, os que estão na caminhada e os que acabam de chegar.
QUERIGMA – A Igreja necessita estar de portas abertas, nestes tempos de batalha, física e espiritual. Como um hospital de campanha, em tempos de guerra, as pessoas que estão chegando precisam ser cuidadas pela Igreja. Através do “Querigma” – primeiro anúncio, apresentar Jesus, para que tenham uma experiência de vida nova graças à fé e à conversão e experimentar Jesus como salvador pessoal, como Senhor de toda a vida e como Messias que dá o Espírito Santo, para transformar nosso mundo pelo amor.
Posterior ao anúncio do “Querigma”, com as “feridas da alma” curadas, vem a apresentação da Doutrina e da moral, as quais são bússolas que orientam, após o encontro com Jesus, porque acolher é diferente de apoiar, aprovar. “Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mc 2,17). Deus é quem transforma, cura, salva.
Na nova evangelização o Papa Francisco fala do perigo da clericalização, uma deformação, onde tudo gira em torno do clérigo (padre). Insiste que os leigos têm a missão de evangelizar; catequizar – fazer ressoar aos ouvidos. Todos são evangelizadores, transmissores da Fé; falam de Jesus. Prova disso, esta Assembléia, com quase 600 líderes.
1- Ativismo – O perigo de envolver-se tanto em atividades que negligenciamos nossa vida de oração. Em 2014, menos reunião, mais momentos a sós com Jesus.
2- Pelagianismo: heresia do século IV e V – “o homem é salvo por méritos próprios”. Lembrar sempre que o grande protagonista da história é o Senhor. Deus está acima da agenda – Apóstolo Paulo: “Eu sou o que sou, por graça de Deus” (cf 1 Cor 15) – humildade.
3- Imediatismo e sucesso na pastoral – Não esperar milagre na pastoral: 100% na evangelização. Os frutos vão depender do solo (coração) que receber a semente. Jesus diz (Lc 8,5-8) – Parábola do semeador: “Saiu o semeador a semear a sua semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade. Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na. Outra, porém, caiu em terra boa; tendo crescido, produziu fruto cem por um. Dito isto, Jesus acrescentou alteando a voz: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”
MENSAGEM FINAL – Como nos anos anteriores, constando na Agenda 2014, o versículo condutor dos trabalhos pastorais e missionários do Santuário:
“MALDITO SEJA AQUELE QUE FAZ COM NEGLIGENCIA A OBRA DO SENHOR” (Jr 48,10)