História – Um dia como hoje – sábado – 19 de Setembro, no ano de 1846, numa montanha perto de La Salette, na França, a Santíssima Virgem Maria manifestou-se a dois pastorinhos Maximin e Mélanie. Sentada sobre uma pedra, as crianças relataram que a “Belle Dame” estava triste e chorando, com seu rosto descansando em suas mãos.
A Bela Senhora pôs-se de pé. E disse: “Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande notícia. Se meu povo não quiser aceitar, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso segurar mais… Há quanto tempo sofro por vós… pois não se encontra ninguém para implorar misericórdia e perdão para o povo; não há mais almas generosas, não há mais ninguém digno de oferecer a Vítima sem mancha ao Pai Eterno em favor do mundo”.
Apelos – Não é por acaso que Deus, em todas as Suas manifestações divinas, escolhe os simples e puros de coração. Para neutralizar a insensibilidade dos grandes e poderosos. Entre várias profecias registradas pelos videntes, naquele dia, que já se concretizaram, é possível perceber nos alertas de Nossa Senhora de La Salette a crise ecológica, que nós começamos a experimentar:
“A natureza exige vingança para os homens, ela treme de espanto na expectativa do que deve suceder à terra manchada de crimes… As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos … a água e o fogo cansarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades, etc..”
Não é coincidência o Papa Francisco estar alertando, na Carta Encíclica sobre o cuidado da casa comum (24/05/15) – nosso planeta:
«LAUDATO SI’, mi’ Signore – Louvado sejas, meu Senhor», cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: «Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras».
Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que «geme e sofre as dores do parto» (Rm 8, 22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn2, 7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos.
Resposta – Em La Salette, o crucifixo, usado pela Virgem Maria, tem características especiais: o martelo simboliza o pecador cravando Jesus na cruz pelos seus pecados e o alicate representa todos nós tentando remover os pregos da cruz pelas nossas vidas virtuosas e pela fidelidade a Jesus.
Assim buscamos estar diante de Jesus e de Sua Mãe Santíssima. E muito nos alegra constatar que estamos experimentando graças profetizadas naquele dia:
“Há no Santuário exposto o Santíssimo Sacramento, de dia e noite… onde a felicidade dos membros da ordem consistirá de passar felizes horas, quando a caridade e a salvação das almas o permitir”.