Os valores são chaves para a nossa felicidade; são princípios que norteiam toda nossa vida e nos ajudam a dar sentido a todas as coisas. Na grande festa da Páscoa existe uma grande diversidade de valores: ela nos reúne, nos ajuda a criar laços, nos leva ao conhecimento de Deus, de nós mesmos e do outro e a sermos mais humanos, amigos e solidários.
Neste tempo pascal o valor maior é o da religiosidade: sabemos da grande importância dessa graça para a humanidade, esta nos marca desde as nossas origens. A religiosidade sugerida pela Páscoa é capaz de produzir em nós profundas transformações em nossa estrutura de base. Ela não é superficial e exterior, mas sim integradora; relacionada com as qualidades do espírito humano – tais como amor, a compaixão, a convivência e a abertura para Deus. Esta tem seus fundamentos em Cristo e em Seu novo mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado” (Jo 13,34).
Outros grandes valores que não podem faltar são a unidade, o respeito e a solidariedade, assim como esses cinquenta dias são celebrados como se fossem um só, da mesma forma também devemos viver, como uma só família humana, buscando uma convivência fraterna e pacífica. Que nossas boas obras e nossas vozes, em cada canto das nossas cidades, possam levar a alegria do Ressuscitado, sobretudo, aos pobres, doentes, àqueles mais distantes e a todas as pessoas, pois são amadas pelo Pai.
O grande valor da esperança deve ser muito cultivado: desde a alvorada de Páscoa, uma nova primavera de esperança invade o mundo: Jesus ressuscitou! Não só para que a Sua memória permaneça viva em nossos corações, mas para que Ele mesmo viva em nós, renove a nossa vida e nos potencialize para sermos melhores; para superarmos todos os sinais de morte que nos atingem, pois somos filhos da grande Vitória Pascal, a esperança resplandece em nossas faces.
Nesta Páscoa valorizemos também a reflexão e meditação, principalmente sobre a Ressurreição e a Paixão do Senhor. Diz o apóstolo Paulo que “se Cristo não ressuscitou vã é a nossa pregação e a nossa fé” (I Cor 15,14). Toda a nossa fé parte do grande marco da Ressurreição. Em Cristo também todos nós ressuscitaremos. A Paixão do Senhor, Seu Sangue derramado por amor a cada um de nós, deve tocar profundamente nossos corações neste tempo tão especial.
Enfim, as ações nobres, os sonhos e lutas; a fé e a oração por um mundo mais justo e solidário, por cristãos mais renovados e fiéis. Que se encha nosso olhar de luz, como os dos discípulos e discípulas que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus ressuscitado.