A família é o lugar onde aprendemos a amar e a ser amados, onde nos sentimos acolhidos e protegidos, onde partilhamos alegrias e tristezas, onde crescemos como pessoas e como cristãos. A família é também o lugar onde podemos experimentar a presença de Deus, que é amor e que nos criou à sua imagem e semelhança.
Mas como podemos valorizar os momentos de convivência familiar, especialmente nos tempos atuais, em que a correria do dia a dia, as distrações tecnológicas, as crises econômicas e sociais, as dificuldades de relacionamento e tantos outros fatores nos afastam uns dos outros e de Deus?
Uma forma simples e eficaz de fortalecer os laços familiares e de cultivar a espiritualidade é incluir os animais de estimação na nossa rotina e nas nossas orações. Os animais de estimação, especialmente os cães e os gatos, são grandes amigos e companheiros, que nos oferecem amor incondicional, lealdade, alegria, conforto e proteção. Eles também são criaturas de Deus, que os envolve com sua solicitude providencial. Por sua simples existência, eles o bendizem e lhe dão glória1.
Os cães e os gatos são animais que, ao longo dos séculos, se tornaram especialmente próximos dos homens, e por isso têm uma relação especial connosco. Para além deles, também os pássaros, cavalos, coelhos e outros animais com quem as pessoas criam laços fortes são capazes de estabelecer com os seus donos uma conexão que apenas pode ser compreendida por quem a sente.
Deus confiou os animais à administração daquele que criou à sua imagem. E, portanto, é legitimo servir-se dos animais para a alimentação e a confecção das vestes. Podem ser domesticados, para ajudar o homem em seus trabalhos e lazeres. Os experimentos médicos e científicos em animais são práticas moralmente admissíveis, se permanecerem dentro dos limites razoáveis e contribuírem para curar ou salvar vidas humanas2.
É contrário à dignidade humana, fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas. E igualmente indigno gastar com eles o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas3.
Por isso, é importante cuidarmos bem dos nossos animais de estimação, oferecendo-lhes carinho, atenção, alimentação adequada, higiene, saúde e espaço. Eles são seres vivos que merecem respeito e dignidade, e que nos retribuem com gratidão e fidelidade. Além disso, é bom incluirmos os nossos animais de estimação nas nossas orações, agradecendo a Deus por eles e pedindo a sua bênção e proteção sobre eles. Podemos também consagrá-los ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, confiando-os à sua intercessão e amor.
Os animais de estimação são verdadeiros presentes de Deus para as nossas famílias, pois nos ajudam a valorizar os momentos de convivência familiar, a cultivar a espiritualidade, a superar as dificuldades, a celebrar as vitórias, a crescer na fé, na esperança e na caridade. Eles são também um reflexo do amor de Deus por nós, que nos criou e nos deu a vida, e que nos quer felizes e em comunhão com Ele e com os nossos irmãos.
Todas as referências citadas foram retiradas diretamente do Catecismo da Igreja Católica.
Segue na ordem, as 3 citações deste artigo: